O Iluminismo
O iluminismo foi um movimento global, ou seja, filosófico, político, social,
econômico e cultural que defendia o uso
da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a
emancipação. O centro das ideias e pensadores Iluministas foi a cidade de
Paris.
Os iluministas
defendiam a criação de escolas para que o povo fosse educado e a liberdade
religiosa. Para divulgar o conhecimento, os iluministas idealizaram e
concretizaram a ideia da Enciclopédia (impressa entre 1751 e 1780), uma obra
composta por 35 volumes, na qual estava resumido todo o conhecimento existente
até então.
O iluminismo foi um
movimento de reação ao absolutismo europeu, que tinha
como características as estruturas feudais, a influencia cultural da
Igreja Católica, o monopólio comercial e a censura das “idéias perigosas”.
O nome “iluminismo”
fez uma alusão ao período vivido até então, desde a Idade Média, período este
de trevas, no qual o poder e o controle da Igreja regravam a cultura e a
sociedade.
Os principais
pensadores iluministas foram:
Montesquieu
(1689-1755) – fez parte da primeira geração de iluministas. Sua obra principal
foi “O espírito das leis”. Antes mesmo da sociologia surgir, Montesquieu
levantou questões sociológicas, e foi considerado um dos precursores da
sociologia.
Voltaire (1694-1778) – Critico da
religião e da Monarquia, Voltaire é o homem símbolo do movimento
iluminista. Foi um grande agitador, polêmico e propagandista das idéias
iluministas.
O que é Absolutismo:
Absolutismo é um regime político em que apenas uma pessoa exerce poderes absolutos, amplos poderes, onde só ele manda, geralmente um rei ou uma rainha. Absolutismo foi um período entre os séculos 16 e 18, e começou na Europa.
Através do absolutismo os monarcas tinham o poder para criar leis sem aprovação da sociedade e de criar impostos e tributos que financiassem seus projetos ou guerras. Muitas vezes, um Rei absoluto se envolvia em temas religiosos, chegando muitas vezes a controlar o clero.
Muitas vezes o absolutismo é confundido com uma doutrina conhecida como "Direito Divino dos Reis", que o poder e autoridade dos reis vinha diretamente de Deus. De igual forma, de acordo com essa doutrina, um rei só poderia ser destituído por Deus. Existe também um diferenciação entre absolutismo e despotismo, sendo que este último é quase como uma corrupção do absolutismo, onde o rei age sem nenhuma preocupação. Ao contrário do despotismo, o absolutismo possui uma sustentação teórica, e era um regime defendido por vários autores como Jean Bodin, Thomas Hobbes, Nicolau Maquiavel. Alguns desses autores acreditavam que um rei absoluto e soberano era também a vontade de Deus.
O absolutismo começou no final do período medieval, e o início da modernidade, e apareceu no momento de transição entre essas épocas, que também foi chamada de monarquia absolutista. Muitos filósofos desta época desenvolveram teorias sobre o regime, como Maquiavel, em “O Pequeno Príncipe”, Thomas Hobbes em "O Leviatã”, etc.
O absolutismo era um grande benefício para a classe burguesa que apoiava o Rei no poder. Desta forma, os comerciantes patrocinavam os projetos do Rei e como recompensa era beneficiados nos negócios do Estado.
Diversos países da Europa passaram pelo regime absolutista. A França foi governada pelo Rei Luís XIV, o mais célebre absolutista francês, conhecido como "Rei Sol", que ficou famoso pela sua célebre frase "o Estado sou eu", o Rei Henrique VIII, na Inglaterra, assim como a Rainha Elizabeth, que sua filha é a rainha do país até hoje, porém não mais com o regime absolutista. Em Portugal, o poder conferido ao reis não era absoluto, por ser dividido com as cortes e outras entidades soberanas. No entanto, o poder conferido aos reis foi aumentando com o passar do tempo, o que se verificou no reinado do Rei João V. Na Espanha, o rei Fernando de Aragão casou com a Rainha Isabel de Castela, havendo então a unificação do reino espanhol. Esta unificação deu origem ao período de absolutismo na Espanha.
Com o surgimento do Iluminismo e com os ideais defendidos pela Revolução Francesa, o absolutismo chegou ao seu fim, foi substituído em muitos países pela República, ficando conhecido como "Antigo Regime". No entanto, antes da sua queda, e tendo em conta as muitas críticas que lhe eram apontadas, o absolutismo tentou uma espécie de reforma através do despotismo esclarecido.
Absolutismo e Mercantilismo
O modelo econômico mais famoso durante os regimes absolutistas era conhecido como mercantilismo. Este modelo era caracterizado por um Estado que tinha forte envolvimento em negócios financeiros. De acordo com o mercantilismo havia também a noção de que um acumular de riquezas contribuiria para a prosperidade do Estado, dando-lhe influência, poder e respeito perante as outras nações. O mercantilismo era conhecido por utilizar processos como o metalismo, industrialização, protecionismo alfandegário, pacto colonial e balança comercial favorável.
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