domingo, 28 de junho de 2009

FIQUEM DE OLHO - FILMES QUE AJUDAM NO ENEM 2009

Olá alunos, mais uma vez vamos falar do ENEM -2009... Filmes uma ótima oportunidade de diversão e estudo!
Aliar filmes a seu dia dia de estudo é uma opção para compreender melhor temas históricos e assuntos contemporâneos que muitas vezes o livro didático não consegue passar. Deve-se assistir ao filme relacionado seu assunto a todo conhecimento histórico e atual aprendido em sala de aula, mas tomem cuidado!! Todo filme tende a ser parcial, então saiba verificar isso, e seja crítico, lógico usando o embasamento histórico que você já tem, caso não tenha pesquise. Tenho certeza que toda obra cinematográfica pode ajudar em sua memorização, então vá a locadora mais próxima e pegue os filmes indicados abaixo.
A lista abaixo foi extraída do jornal A Tribuna de Domingo - dia 28/06/09:
A tendência do novo ENEM, é cobrar temas transversais, ou seja assuntos que transcendem a sala de aula.
1- Guerra de Canudos - mostra uma luta interna Brasil, em 1893 retratado a resistência às políticas econômicas da República.
2 - Pra Frente Brasil - o Brasil inteiro torce para a seleção no México, enquanto prisioneiros políticos são torturados nos porões da ditadura.
3 - Mandela - o filme mostra o Apartheid na África do sul, e o esforço para reconhecer os negros cmo cidadãos.
4- Hotel Ruanda - baseado na história de um gerente de hotel que salvou mais de mil pessoas na guerra civil entre tutsis e hutus.
5 - Os falsários - é a história real sobre a maior operação de fasificação de todos os tempos, promovida pelos nazistas em 1936. Um judeu que era conhecido como rei da falsificação, passou a trabalhar para os nazistas em troca de sua vida, falsificou milhares de notas, que seriam utilizadas para financiar a guerra. Sugiro ainda: Prenda-me se Puderes, e sobre o nazismo A Lista de Schindler.
6 - Mississipe em Chamas - discriminação e racismo nos EUA, Ku Klux Kan ( KKK ), em plena dec. de 60 o FBI vai investigara morte de dois jovens negros e um judeu.
7 - JFK - A Pergunta que Não quer Calar - o contexto é a Guerra Fria. Em 1963 morre o presidente dos EUA, John Kenedy, a justiça decide que ele foi vítima de um complô.
8 - Fidel - narra a Revolução e a luta do povo Cubano.
9 - Che - a luta de Che durante o processo de Revolução Cubana, pela Libertação da América Latina.
10 - Adeus Lenin! - início da Revolução Soviética e o processo que culminou na Segunda Guerra.
11 - Operação Valquíria - baseado em fatos reais, o filme relata a ação de um grupo de oficiais que planejou assassinar Hitler.
12 - Salvador - fala da luta por mudanças de regime e as influências norte americanas em El Savador, durante a guerra civil.
13 - Zuzu Angel - retrata a ditadura militar no Brasil, conta a história da estilista que teve seu filho preso e morto pela ditadura, ela mesma se trasforma em uma vítima, ao pesquisar a fundo a morte de su filho.
14 - O que é Isso Companheiro? - em plena ditatura um grupode jovens ativistas, realiza o sequestro do embaixador americano.
15 - Boa Noite, Boa Sorte - mostra o contexto da Guerra Fria,ode um ancora de TV entra em confronto com o senador Mc Carthy ao expor as táticas e mentiras usadas na caça a supostos comunistas.
16 - Treze Dias que Abalaram o Mundo - sobre a Guerra Fria,fala sobre os 13 dias de angústia do mundo ao esperar o desfecho do confronto entre EUA e União Soviética.
Façam suas pipocas, e anotações!!! Bom Filme...

domingo, 21 de junho de 2009

Exclusão Social

Vivemos sim em um mundo de marginalizados e excluídos, miséria, exploração, onde muitas vezes é o mundo capitalista que gera essa parcela de excluídos. Quero que vocês leiam os artigos abaixo deixem seu cometário, façam um relatório em seu material escolar, e pensem, além da exclusão real ligada a questões econômicas exitem outras esferas em que devemos discutir. O que a exclusão gera? Que filhos a exclusão cria? Que problemas geram a nosso país? O que podemos fazer?
A inclusão torna-se viável somente quando, através da participação em ações coletivas, os excluídos são capazes de recuperar sua dignidade e conseguem - além de emprego e renda - acesso à moradia decente, facilidades culturais e serviços sociais, como educação e saúde.

Exclusão Social. Que bicho é esse?


Exclusão social é um tema da atualidade, utilizado nas mais variadas áreas do conhecimento, mas com sentido nem sempre muito preciso ou definido. Primeiro de uma série de artigos, o intuito aqui é oferecer uma visão esclarecedora a respeito.

Pode designar desigualdade social, miséria, injustiça, exploração social e econômica, marginalização social, entre outras significações. De modo amplo, exclusão social pode ser encarada como um processo sócio-histórico caracterizado pelo recalcamento de grupos sociais ou pessoas, em todas as instâncias da vida social, com profundo impacto na pessoa humana, em sua individualidade.

Tecnicamente falando, pessoas ou grupos sociais sempre são, de uma maneira ou outra, excluídos de ambientes, situações ou instâncias. Exclusão é "estar fora", à margem, sem possibilidade de participação, seja na vida social como um todo, seja em algum de seus aspectos.
Outro conceito de exclusão social aplicável à realidade de uma sociedade capitalista é que "excluídas são todas as que não participam dos mercados de bens materiais ou culturais" (Martine Xiberas).
Em termos dialéticos, é um processo complexo e multifacetado (polissêmico), dotado de contornos materiais, políticos, relacionais e subjetivos.Não é uma falha, uma característica do processo capitalista, ou de outro regime político-ideológico: a exclusão é parte integrante do sistema social, produto de seu funcionamento; assim, sempre haverá, mesmo teoricamente, pessoas ou grupos sofrendo do processo de exclusão.
1- Histórico da Exclusão
O tema da exclusão social é de fundamental importância quando se discute acerca da democracia. Tal preocupação advém do fato de que, ainda que façamos parte de um Estado democrático, não podemos assegurar que nossos interesses serão defendidos. Todavia, se estivermos excluídos, podemos ter a certeza de que nossos interesses serão gravemente feridos.
Nesse diapasão é que se faz pertinente discutir acerca das ações afirmativas. Estas seriam a adoção, pelo Estado, de políticas públicas para implementar medidas que visam assegurar um maior equilíbrio social, através da imposição ou incentivos de determinados comportamentos por particulares ou instituições públicas, podendo ou não haver uma contrapartida como, por exemplo, a redução de impostos.
Trabalhando a questão da exclusão social bem como o conteúdo jurídico do conceito de ações afirmativas, poderemos verificar aspectos atinentes ao seu papel na luta pela inclusão social na democracia brasileira.
2 – Exclusão social

A necessidade de se sentir pertencente a um grupo é inerente ao homem. Desde que este começou a formar uma comunidade, existe o desejo de viver em sociedade com seu semelhante. Não nos reconhecemos sós e isolados.
Sendo esse sentimento parte do ser humano, quando este percebe-se isolado, à margem do grupo, é natural que surjam tentativas de integrá-lo novamente à sociedade, quer seja por parte dos próprios excluídos ou por parte da sociedade que, a princípio, o excluiu.
Embora esse problema exista desde sempre, só recentemente tornou-se objeto de discussão por parte da sociedade.
A questão da exclusão social teve início na Europa, devido ao crescimento do número dos sem-teto e da pobreza urbana, da falta de acesso a empregos e rendas por parte de minorias étnicas e imigrantes, da natureza precária dos empregos disponíveis e da dificuldade dos jovens para ingressar no mercado de trabalho.
Na França, por exemplo, desde os anos 50 há um número expressivo de pessoas presas à engrenagem da pobreza, em meio a uma crescente abundância, as quais são consideradas resíduos que o desenvolvimento do pós-guerra pareceu esquecer. Foi nesse país, a partir da década de 60, que surgiu o termo "exclusão", também muitas vezes chamado de "nova pobreza", sendo que a doutrina centrava essencialmente a questão da exclusão social somente no que diz respeito aos aspectos decorrentes da exclusão material.
A análise do problema dos excluídos, não pode ser enfocada simplesmente pelo aspecto econômico, que pouco diz sobre a necessidade de sua inclusão, que passa pelo viés político e ético. Este problema somente poderá ser adequadamente enfrentado se assumirmos uma postura ética em defesa de um modo de vida digno para todos.
Uma visão dimensional do problema é fundamental para que possa ser compreendida a exclusão pois, ao determinarmos qual ou quais dimensões da exclusão social estão sendo trabalhadas, mais fácil se torna o enfrentamento delas, possibilitando a elaboração de diferentes estratégias conforme o aspecto da exclusão.
2.1 A Exclusão Social no Brasil

A exclusão social está presente no Brasil desde a época da colônia, em função da adoção de uma estrutura escravagista, que se reproduziu e permanece até hoje, embora com um grau menor e de maneira menos ostensiva.
Entretanto, a temática da exclusão social passou a ganhar destaque no país na década de 70, diretamente relacionada ao crescimento econômico, oriundo do período ditatorial brasileiro. Com a vertiginosa escalada rumo à industrialização, houve uma intensificação do padrão social excludente, fruto do capitalismo dependente, sustentador do "milagre".
Este modelo econômico brasileiro, favorecia a concentração de capital, resultando num aumento substancial do número de pobres e miseráveis do país. Àqueles não inseridos no sistema, restava somente vender a sua força de trabalho sem, contudo, se tornarem aptos aos privilégios existentes.
Hoje, as rendas máximas e mínimas se distanciam cada vez mais. No caso do Brasil, em comparação com todos os países dos quais se têm estatísticas, essa desproporção atinge os níveis mais alarmantes, já que é hoje o país com os maiores índices de desigualdade, segundo a Unesco. Os 10% mais ricos detém mais de 46% da renda nacional, enquanto os 50% mais pobres detém somente 14% da renda do país. São dados, inclusive, piores dos que os apresentados por países africanos, reconhecidos mundialmente por sua situação de miserabilidade.
Claro que a distribuição de renda, por si só, não é indicador suficiente para avaliar corretamente o universo dos excluídos. Exatamente por isso, grande parte das políticas públicas não obtém o resultado esperado, pois ora são incompletas, ora tratam de maneira uniforme destinatários tão diversos.
É precisamente neste contexto que se inserem as ações afirmativas, que representariam uma alternativa ao modelo massificador predominante nas políticas públicas.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

ENEM 2009 - COMO FAZER INSCRIÇÃO


Começam as inscrições para o Enem 2009 nesta segunda-feira (15)

Leiam o site www. gazetaonline.com.br

para saber maiores informações do nosso vestibular UFES.

Serão 45 quetões de cada área, somando um total de 180 quetões.
Sã 4 áreas de conhecimento
A novidade está no conteúdo do exame, que dará prioridade as temáticas atuais, como gravidez na adolescência, uso de drogas etc....
Caberá ao aluno a capacidade de intepretar os textos e saber relacioná-los.
Por tanto fique deolho nos assuntos estudados em nossas aulas de JET.

Começam nesta segunda-feira (15) as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio 2009. Este ano, os candidatos só poderão se inscrever pela internet através do site do MEC a partir das 8h.


O prazo vai até 17 de julho para quem está em fase de conclusão do ensino médio e vai até 19 de julho para aqueles que concluíram o ensino médio em anos anteriores.
A prova terá 180 questões de múltipla escolha e uma redação e será aplicada nos dias 3 e 4 de outubro. No primeiro dia, os estudantes responderão as questões de ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias. No dia seguinte, as provas serão de linguagens,

Códigos e suas tecnologias e redação, além de matemática e suas tecnologias.


Inscrição para candidatos que concluem o ensino médio - Realize a inscrição no site do MEC. O prazo de inscrição vai até o dia 17 de julho- Após o envio dos dados, verifique se a tansferência foi concretizada através de mensagem de confirmação a ser enviada para o e-mail informado no cadastro. - Depois, os estudantes de escola pública que estão concluindo o ensino médio e os participantes do Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (Encceja) devem imprimir o comprovante de inscrição e serão isentos da taxa de inscrição.
- Já os alunos que concluirão o ensino médio em escola particular devem imprimir o boleto para pagamento em qualquer agência bancária (o valor é de R$ 35) ou solicitar isenção da taxa de inscrição. A lista com os pedidos de isenção aceitos será divulgada até o dia 3 de julho.- Os comprovantes de inscrição dos candidatos que ainda não concluíram o ensino médio estarão disponíveis, após efetivação, até 24 de julho no site de inscrição.
Inscrição para os candidatos que já concluíram o ensino médio


- Realize a inscrição no site do MEC. O prazo de inscrição vai até o dia 19 de julho.
- Após o envio dos dados, verifique se a tansferência foi concretizada através de mensagem de confirmação a ser enviada para o e-mail informado no cadastro. - Depois, os estudantes de escola pública que concluíram o ensino médio devem imprimir o comprovante de inscrição. Já os alunos que terminaram o ensino médio em escola particular devem imprimir o boleto para pagamento em qualquer agência bancária (o valor é de R$ 35) ou solicitar isenção da taxa de inscrição.
- Os comprovantes de inscrição dos estudantes que já concluíram o ensino médio em anos anteriores estarão disponíveis, após efetivação, no endereço eletrônico em que foi processada até 31 de julho.




Enem no vestibular


A prova do Enem poderá ser usada como forma de entrada para nas universidades brasileiras. O candidato deve conferir como a instituição de ensino superior que está interessado usará, ou não, a nota do Enem.
Há quatro possibilidades de utilização da nota do exame nacional. As universidades federais baianas: Univasf (Universidade do Vale do São Francisco); Ufba (Universidade Federal da Bahia) e Ufrb (Universidade Federal do Recôncavo Baiano) decidiram adotar a nota do Enem como a primeira fase do vestibular. A segunda fase do vestibular será mantida.
Confira:1. Enem como fase única;
2. Enem como primeira fase;
3. Enem como fase única para as vagas ociosas, após o vestibular;
4. Enem combinado ao atual vestibular da instituição. Neste último caso, a universidade definirá o percentual da nota do Enem a ser utilizado para a construção de uma média junto com a nota da prova do vestibular.
Veja a lista das universidades federais que irão usar o Enem:UNIVASF (Vale do São Francisco - Bahia)UFBA (Bahia)UFRB (Recôncavo - Bahia)UFMA (Maranhão)UFS (Sergipe)UFPI (Piauí)UFPE (Pernambuco)UFRPE (Rural - Pernambuco)UFC (Ceará)UFPB (Paraíba)UFERSA (Rural do Semiárido - Rio Grande do Norte)UFRN (Rio Grande do Norte)UFAL (Alagoas)UFCG (Campina Grande - Paraíba)UnB (Brasília)UFG (Goiás)UFMT (Mato Grosso)UFMS (Mato Grosso do Sul)UFGD (Grande Dourados - Mato Grosso do Sul)UFABC (ABC Santo André)UFSCAR (São Carlos - São Paulo)UNIFESP (São Paulo)UFVJM (Vales do Jequitinhonha e Mucuri - Minas Gerais)UFU (Uberlândia - Minas Gerais)UFV (Viçosa - Minas Gerais)UFF (Fluminense - Rio de Janeiro)UFRRJ (Rural- Rio de Janeiro) UFES (Espírito Santo) UNIFAL (Alfenas - Minas Gerais)UFTM (Triângulo Mineiro)UNIFEI (Itajubá - Minas Gerais)UFJF (Juiz de Fora - Minas Gerais)UFLA (Lavras - Minas Gerais)UFOP (Ouro Preto - Minas Gerais)UNIRIO (Rio de Janeiro)UFRJ (Rio de Janeiro)UFRGS (Rio Grande do Sul)FURG (Rio Grande do Sul)UFPEL (Pelotas - Rio Grande do Sul)UFSC (Santa Catarina)UFPR (Paraná)UFSM (Santa Maria - Rio Grande do Sul)UTFPR (Paraná)UFCSPA (Porto Alegre - Rio Grande do Sul)UNIPAMPA (Pampa - Rio Grande do Sul)UFAM (Amazonas)UFRA (Rural Amazônia)UFSJ (São João Del Rey - Minas Gerais)UFAC (Acre)UFRR (Roraima)UNIR (Rondônia)UFT (Tocantins)UFPA (Pará)UNIFAP (Amapá)



Mais informações sobre o ENEM procure no site do INEP.




O Exame Nacional do Ensino Médio está diferente. Agora, ele servirá como processo seletivo para ingresso nas universidades e nos institutos federais. A prova está mais abrangente, com questões mais próximas da realidade dos estudantes. O novo exame também ajudará a melhorar a qualidade do ensino médio. As inscrições para a prova deste ano, que será realizada em outubro, estão abertas até 17 de julho e devem ser feitas no portal do Ministério da Educação.


Leiam - Sistema de Cotas nas Universidades


Depois de ler tirem suas conclusões... Será saudável, estudar em um sistema educacional que segrega? Divide Classes??

A discusão abaixo foi tirada de um blog, não é é minha opínião pessoal, passa pelos meus ideais.

Acredito que com 45% de vagas do vestibular distribuidos entre negros, indigenas, deficientes físicos e estudantes de escolas públicas NÃO É o meio mais fácil do governo ficar isento de sua responsabilidade que é: ENSINO DE QUALIDADE. Dessa forma teremos mesmo profissionais competentes? Com um ensino Fundamental e Médio de má qualidade o que será do futuro desses profissionais? Oportunidade???

Detalhes Adicionais
Penso que o governo precisa realmente investir na Educação. Se o governo brasileiro passa a dar uma condição de igualdade as cotas não existiriam. Em alguns países é isso que acontece. Os melhores entram na universidade, independente de sua classe social. Vejo tudo isso como um "arranjo" de políticos visando as próximas eleições.Somos iguais, temos a mesma capacidade. O que falta é a "oportunidade de uma Educação por Excelência". Sem isso, não adianta colocar uma cota e achar que o aluno da escola pública ATUAL vai se tornar um bom profissional. Será catastrófico

Sistema de cotas para alunos das escolas públicas O princípio do Fim Alguns

Blogs reservaram espaço para discutir o Projeto de Lei 546/2007 que estabelece o a reserva de 50% das vagas em universidades federais para alunos vindos de escolas públicas, dentre eles o “Pensamentos Equivocados”, onde Dragus fez um artigo muito interessante a respeito.No portal do MEC foi divulgada uma pesquisa encomendada pela FENEP (Federação Nacional das Escolas Particulares) ao IBOPE sobre o ensino particular, revelou que 53% dos entrevistados apoiaram a adoção de política de cotas para alunos que freqüentaram escola pública.Segundo ainda à pesquisa, 36% dos entrevistados apóiam também cotas na questão racial. Pela Justificativa da bancada do governo defensora da proposta, o projeto de lei visa “somar aos esforços do atual Governo na luta pela inclusão social de parte da população brasileira, historicamente excluída da experiência republicana”.Como todo e qualquer sistema de cotas, ele vem sendo debatido com muita paixão até mesmo entre os especialistas do direito. Os que o defendem sustentam a sua constitucionalidade com base no artigo 3º , inciso III da Constituição Federal e no Pacto de San José, onde o Brasil afirma ser objetivo do Estado erradicar a pobreza, a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais. Os que são contra alegam que o acesso às instituições de ensino superior deve ser galgado no mérito, segundo a própria Constituição Federal. Já fiz algumas postagens sobre o que penso a respeito do sistemas de cotas e rebatendo as opiniões favoráveis. Todos tem o direito de ter opinião a respeito deste ou daquele assunto, mas o que considero errado é alardear suas idéias com base neste ou naquele que foi adotado em países vizinhos. É o famoso ouvir o galo cantar e sair por ai dizendo que é dia. O sistema de cotas raciais não funcionou nos Estados Unidos, como muitos por ai defendem. Ainda, mesmo que tivesse funcionado exemplarmente, sabe-se que este sistema foi implantado de maneira bem diversa do que o pretendido por aqui. O mérito lá ainda é predominante e assim, mesmo entre as vagas reservadas, se o aluno não atingir o mínimo exigido fatalmente não será aceito na instituição de ensino superior. O artigo 208 da Constituição Federal determina os deveres do Estado quanto à educação. Em seu inciso V o Estado assume a responsabilidade de garantir acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a CAPACIDADE DE CADA UM. Não poderia ser diferente pois a finalidade do ensino superior é formar profissionais capacitados que possibilitarão ou não o crescimento do país nas diversas searas: tecnologia, educação, economia, etc. O ingresso ou não do indivíduo em escolas de ensino superior deverá ou deveria depender de um processo seletivo que terá como prioridade escolher os que estão qualificados ou não.Qualquer sistema que sectariza, que divide a sociedade em categorias é pernicioso pois autoriza uma discriminação explícita. Existem duas maneiras de encarar as cotas: a primeira ver as cotas como a garantia de ingressar nas universidades. A segunda, ver as cotas como um teto máximo. Eu particularmente, se fosse aluno da escola pública, preferiria ter o direito de competir pelos 100% de vagas e não pelos limitados 50%.Se por um lado as cotas obrigam que as faculdades destinem 50% das vagas para alunos advindos da escola pública, ele limita o número deste tipo de alunos que irão ingressar em seu corpo docente. Passou dos 50%? Não sou obrigado a aceitar. Teremos uma dicotomia nos vestibulares... vestibular nº 1 para os que vieram de escolas públicas, que irão brigar entre si por 50% das vagas. De outro lado teremos os outros 50% que serão disputados ferrenhamente pelos demais alunos.Admitir qualquer sistema que não o do mérito para entrada nas instituições de ensino superior é condená-las à má qualidade. Dentro em breve teremos profissionais munidos de um diploma "pro forma" sem qualquer capacidade de exercer a profissão a que se propõem.Não é difícil imaginar o futuro das universidades públicas: o mesmo das escolas públicas de ensino médio - a ineficiência. Estamos trilhando o caminho inverso. Em lugar de tentar elevar as escolas de ensino médio a um patamar de igualdade com as universidades federais e estaduais, famosas pela qualidade de seu ensino, iremos nivela-las por baixo, impondo a aceitação dos alunos despreparados que serão "empurrados" goela abaixo.As vagas para os futuros profissionais, engenheiros, médicos, etc serão garantidas única e exclusivamente por quesitos estranhos ao mérito, como cor da pele ou de onde veio o seu certificado de conclusão de curso. A você leitor eu deixo uma pergunta - quando o seu filho estiver doente, a que tipo de médico você confiará sua vida: ao negro, ao que veio de escola pública... ou ao BOM?

Para te deixar confuso uma segunda opinião que também tem que ser levada a sério, é algo a se pensar...


EDUCAÇÃO: SISTEMA DE QUOTAS Por Isaias Edson Sidney
Por que é justo reservar 50% das vagas das escolas públicas superiores para alunos oriundos das escolas públicas de segundo grau.
EDUCAÇÃO: SISTEMA DE QUOTAS O governo está propondo que 50% das vagas das universidades públicas sejam disputadas por alunos oriundos de escolas públicas. Está aí a solução para o problema de quotas. Não pode haver, nas circunstâncias, idéia melhor. Digo, nas circunstâncias, porque não adianta os teóricos virem com idéias mirabolantes e complexas, que a realidade é uma só e a história está aí, acontecendo agora. Não se pode mais esperar. Quando se discutem quotas para negros, por exemplo, a idéia pode ser justa, mas complexa na sua aplicação. Quem é negro no Brasil? Uma grande porcentagem de pessoas aparentemente brancas tem sangue negro nas veias, em virtude da miscigenação. Então, teoricamente, qualquer um pode se declarar negro. No entanto, a segregação racial no Brasil tem um lado muito mais perverso: é a segregação social. O negro não tem vez na escola superior porque é pobre, e não apenas por ser negro. O que não quer dizer que eu esteja negando a ausência de preconceito racial no Brasil. Mas a verdade é que a maioria da população parda e negra estuda em escola pública. E escola pública tem sido sinônimo de escola para pobre. E aí reside a sua tragédia. No passado, não muito distante, há apenas uns cinqüenta anos, a escola pública era freqüentada por nossas elites. Sua deterioração tem muito a ver com o fortalecimento da escola particular, cujo nível de ensino tem muito de perfumaria e pouco de real qualidade, a que tanto lhe atribuem, em termos de educação. Há poucas, muito poucas, escolas particulares de qualidade no Brasil. A quase totalidade delas ensina, e muito bem, o aluno a decorar conteúdos e não o educa efetivamente. Isso faz o encanto de nossa classe média que, assim, consegue meninos e meninas de bom nível intelectual que não pensam ou, se o fazem, colocam seu talento a serviço da ideologia dominante, seja ela qual for. Preparar semi-robôs para vencer concursos vestibulares, esse o objetivo da maioria das escolas particulares. Já a escola pública, com seus pobres e párias sociais, tenta convencê-los, inutilmente, das possibilidades de uma boa educação, mas como todos sabem que, se quiserem continuar os estudos, terão de ir para uma escola particular, que continuará lhe dando ensino de segunda com preço de primeiro mundo, só colhe desânimo e angústia e a maioria de seus bons alunos se perde no meio do caminho. Como melhorar a escola pública? Essa é uma questão que não depende de pedagogos, de professores e de intelectuais. Depende de vontade política. E de pressão. Aqui, quem fala mais alto consegue o que quer. A classe média tem acesso à mídia. E bota a boca no trombone, sempre que lhe interessa. Já o pobre só consegue ser ouvido fechando avenidas ou estradas e fazendo passeata. E isso quando há fatos muito graves. E ensino, diante de tantas mazelas a que estão sujeitos, não está, infelizmente, entre as suas preocupações mais imediatas. Então, como a clientela da escola pública é pobre e não tem força política, a não ser na hora das eleições e, assim mesmo, quase sempre é enganada pelos demagogos de plantão, a escola pública só pode tornar-se melhor se houver pressão da comunidade para isso. Porque há bons professores, há bons métodos de ensino e há, entre os educadores, propostas muito interessantes de trabalho que, muitas vezes se perdem ou não ganham o destaque necessário justamente porque há preconceito contra o ensino público, resultado de dezenas de anos de sucateamento. E há, ainda, dinheiro para a melhoria. A Constituição reserva para a educação uma quantidade suficiente de verba para que a escola pública tenha qualidade e, até mesmo, pague bem aos seus professores. Falta, apenas, repito, vontade política para melhor aplicação dessas verbas. E isso só será feito, se houver pressão da comunidade e, para que essa pressão tenha resultado, essa comunidade deve ter voz. Como os pobres não têm voz, fica difícil, e entramos num círculo vicioso. E é aí que entra o sistema de quotas. Se 50% das vagas das universidades públicas, que são as melhores, apesar de tudo, forem disputadas pelos alunos oriundos da escola pública, esta irá atrair de novo, pouco a pouco, o interesse da classe média, que passará a colocar os seus filhos também na escola pública. Com isso, a clientela da escola pública se fortalecerá, deixando de ser apenas “escola para pobre” e essa clientela, que tem maior poder de pressão, irá, com certeza fazer uso desse poder para melhorar o nível da escola pública. Além disso, a integração entre os jovens que, geralmente, não têm ainda os vícios dos pais, fará com que o preconceito diminua. O encontro com o outro, em sala de aula, fará bem a todos, ao se reconhecerem semelhantes. Na outra ponta, a universidade pública, na qual só estudam jovens oriundos das classes média e alta, ganhará uma mescla altamente saudável de outras visões de mundo. Deixará, possivelmente, seu elitismo, para prestar mais serviços à comunidade. E não me venham dizer que seu nível cairá, porque isso é uma tremenda bobagem. Os alunos da escola pública que conseguirem entrar na universidade, vencendo a barreira do vestibular ou de qualquer outro sistema de avaliação, serão os melhores dentre os seus pares e, se não têm, talvez, a mesma quantidade de conteúdos que têm os de escolas particulares, têm em sua formação, com certeza, outros conteúdos de educação que compensarão possíveis diferenças. Diferenças nas quais eu, pessoalmente, não acredito muito. E também aqui, o encontro com o outro, num ambiente universitário, exercitará o respeito e contribuirá para a diminuição do preconceito. É claro que tudo isso são teorias. Mas creio firmemente que a realidade seguirá exatamente esse curso. Portanto, não há motivos para ser contra, nesse momento, o sistema de reserva de 50% por cento das vagas das universidades e faculdades públicas para jovens oriundos das escolas secundárias públicas. Esse sistema será, no mínimo, uma forma de justiça social e de promoção do encontro, agora mais do que nunca necessário, das diversas classes que constituem o nosso roto e quase rompido tecido social. Até que um dia não precisemos mais de nada disso. Se os jovens dos colégios particulares se sentirem discriminados, que pressionem para que se aprove, também, uma lei que reserve para eles 50% das vagas das faculdades e universidades particulares. E maior justiça será feita.


Escreva sua opinião sobre a questão do sistema de cotas, deixe em comentários desse blog.

Professora Patricia.